O grão-de-bico, também chamado de gravanço, ervanço, ervilha-de-galinha ou ervilha-de-bengala, é uma leguminosa da família das fabáceas, muito distribuída na Índia e no Mediterrâneo.
Este grão pode ser consumido como salada, acrescentando em cozidos, sopas, etc. Uma colher de sopa do grão-de-bico cozido fornece aproximadamente 30 kcal.
Grão-de-bico espanta a depressão. Você sabia?
A leguminosa está lotada de triptofano, um aminoácido
essencial para a produção da serotonina; a substância
que traz sensações agradáveis. E esse é só um dos seus
atributos. O grão-de-bico não ocupa lugar de destaque
no ranking das leguminosas mais populares. Questão de
gosto ou questão de preço? É difícil dizer, mas a
verdade é que essa espécie custa pelo menos cinco vezes
mais do que outro membro da família, o feijão, que
também já não é tão assíduo na mesa do brasileiro.
A relação custo benefício, porém, vale o investimento.
Quem vive meio tristonho sem motivo aparente na certa
mudaria de humor se botasse esse alimento no prato com
freqüência. É provável até que nossos ancestrais
soubessem desse efeito. Ou então teriam desistido do
cultivo da planta, extremamente sensível às condições
de clima e solo e também ao ataque de pragas. Hoje quem
empresta sua chancela à leguminosa é a prestigiada
revista científica internacional Journal of
Archaeological Science, que divulgou recentemente
trabalho de pesquisadores da Universidade Hebraica de
Jerusalém e da Universidade de Haifa, ambas em Israel,
exaltando suas propriedades.
Por aqui nossos cientistas também dão seu aval ao
grão-de-bico, boa fonte de ferro, carboidratos e
proteínas. Leonardo Boiteux, estudioso do centro
nacional de pesquisa de hortaliças da Embrapa, empresa
brasileira dedicada ao estudo e ao desenvolvimento
agropecuário, atribui o alto teor protéico a uma
combinação de aminoácidos. Entre eles a estrela é o
triptofano, que aparece em grandes quantidades. Essa
substância é usada pelo organismo para a produção de um
neurotransmissor chamado serotonina, responsável pela
ativação dos centros cerebrais que dão sensação de
bem-estar, satisfação e confiança.
"Boas doses desse composto resultam ainda em diversos
efeitos fisiológicos, como maiores taxas de ovulação e
melhora no padrão de desenvolvimento das crianças", diz
o pesquisador.
A nutricionista Andréa Penatti Ferreira,
que recentemente estudou as alterações químicas do
grão-de-bico durante o cozimento para sua dissertação
de mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, da USP, em Piracicaba, acrescenta que a
disponibilidade de ferro é outro diferencial da
leguminosa.